Chumbo nos batons, quais os riscos a saúde?

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Devido à crescente preocupação da população mundial com as questões de embelezamento, o uso de cosméticos como os batons se torna cada vez mais frequente, exigindo assim, uma maior preocupação por parte das autoridades reguladoras, quanto aos possíveis efeitos maléficos destes produtos no organismo humano. Sendo assim, produtos que entram em contato com mucosas como os batons, oferecem grandes riscos, já que, podem ser ingeridos via oral.

Alguns metais podem estar presentes nas formulações dos batons. Atualmente, o chumbo é um dos contaminantes mais comuns encontrados nos batons e no meio ambiente. Assim, todos os seres humanos têm chumbo em seus organismos, como resultado da exposição à fontes exógenas, ou seja, provenientes do ambiente, sendo assim, incorporados por vias respiratórias e gastrointestinais.

Há grandes riscos de afetar praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo humano, dependendo da intensidade, do tempo de exposição e da sensibilidade individual de cada pessoa.

Sua toxidade está relacionada ao sistema nervoso, e desvios hematológicos que levam à anemia, porém podem ocorrer efeitos renais, cardiovasculares, na reprodução, entre outros problemas, apesar de alguns questionamentos, ainda não existem evidências relacionadas ao câncer.

De acordo com a revista Veja.com /saúde de 2013, foi realizada uma pesquisa pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, onde foram encontrados vários metais tóxicos em batons.



De 32 produtos analisados, 24 apresentam chumbo, mas em concentração pequena, de modo que tanto o uso normal quanto o intenso não provocou uma ingestão diária do metal acima do recomendado, mas sendo preocupante em relação às crianças que brincam com maquiagens e adultos que fazem uso muito intenso desses produtos.

Existe uma regulamentação de corantes e conservantes presentes nos cosméticos, sendo permitido a concentração máxima de chumbo, de 20 partes por milhão (ppm), ou seja, uma solução de 20 ppm, deve conter 20g do soluto em 1 milhão de gramas, para que dessa forma não causem danos à saúde.

IMPORTANTE!!

Independente do grau de risco que o cosmético apresenta, este deve ser seguro, ou seja, define-se segurança em termos de probabilidade de que o produto não provoque danos significativos. Para isso, o entendimento do funcionamento dos testes de segurança é primordial.

A ANVISA, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, é responsável pela fiscalização e regulamentação das legislações sanitárias e autorização de comercialização dos artigos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Todas as empresas que fabricam, importam ou armazenam produtos cosméticos, devem seguir as legislações sanitárias, desde a projeção e instalação da fábrica, até o lançamento do produto para o mercado. Os produtos cosméticos devem ser notificados ou registrados na Anvisa; já empresas habilitadas devem possuir autorização de funcionamento junto a essa agência, que regulamenta e inspeciona.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Pereira, M.F.L. Cosmetologia. Difusão Editora, série curso de estética, p. 29, 2014.Moreira, F.R. e Moreira, J.C. A cinética do chumbo no organismo humano e sua importância para a saúde, p. 168, 2003.Pesquisa encontra metais em batons nos EUA - Editado pela revista veja.com/saúdeDias, A.C.E. e Rau.C. Contaminantes em batom: riscos e aspectos regulatórios, p. 3.3.2, 2013.

Natália Rodrigues